Esse
evento surgiu de uma necessidade observada no nosso estado, sendo sonhada e concretizada
por nós, acadêmicos da Turma Medicina
UFRN 2016.2.
8
de março. Nada melhor que o dia Internacional da Mulher para que a I Jornada Norte-Riograndense de Saúde da
Mulher fosse lançada. Agora, próximo ao dia das mães, dia 13 de maio,
porque não homenagearmos ainda mais quem nos concedeu tanto em nossas vidas, e
por que não dizer, quem nos concedeu esse dom?
Assim,
a mulher não é apenas mãe. É incrível sua capacidade de ser várias ao mesmo
tempo: Mulher, esposa, professora, estudante, cuidadora... Logo, fica claro a
sua importância no nosso viver.
Todavia,
com a pluralidade de papéis assumidos e suas exigências na sua vida, elas acabam
priorizando uma ou outra atividade, o que acarreta no esquecimento do seu EU,
do SER-MULHER, o que interfere de maneira significativa na sua diária.
Desse
modo, a introdução no mercado de trabalho alterou esse quadro mulher-mãe de tal
modo, que conciliar a atividade remunerada com o cotidiano familiar nem sempre
é uma tarefa das mais fáceis. Cada vez mais a mulher está inserida no mundo do
trabalho, conquistando espaços, expandindo horizontes nesse universo de
possibilidades, embora esse caminho nem sempre seja livre, sendo marcado por
muitos e grandes obstáculos.
Mesmo
assim, diante de todas as dificuldades e atribuições, existem mulheres (ainda
bem que muitas) que optam por ser mãe. E, a partir do momento que a mulher
escolhe ou se percebe na condição de ser mãe, são muitas as responsabilidades atribuídas
ao novo papel. Responsabilidades atribuídas pela sociedade, e também por si
mesma, cobrando e se fazendo cobrar ser uma provedora das necessidades afetivas
e materiais deste novo ser que se apresenta. Responsabilizando-se assim, por
cuidar, alimentar, educar, amar e formar um cidadão para a sociedade. Afinal, o
ato de estabelecer escolhas frente aos processos de vida promove diretamente a ideia
de ter que se responsabilizar por estas.
Por
isso que não devemos homenageá-las somente em datas que são denominadas delas,
mas todo dia, pois a luta de nossas mães, esposas, namoradas é diária.
E
especialmente para aquelas que aguentam nossos problemas, que nos fornece ajuda
nas horas que mais precisamos, que, enfim, são verdadeiras supermães um muito obrigado
e um FELIZ DIA DAS MÃES!
Minha Mãe
"Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.”
"Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.”
Vinícius de Moraes